Um pouco sobre a edição

"A gente ê por aí que os críticos acham que os quadrinhos vivem um grande momento dos quadrinhos nacionais. Isso aí é a maior besteira. A fase é péssima e a maior parte da produção é só sentimentalismo furado e umas coisas cabeçona que todo mundo finge que entendeu pra fazer média com intelectual. Não que não existam quadrinhos bons, eles estão por aí só que em lugares menos convencionais. Existe toda uma horda de gente muito puta querendo fazer as coisas do próprio jeito, produzindo com fúria e de cabeça quente, sem pensar muito nas consequências de como devia ser um quadrinho.

Houve um período da história em que os quadrinhos foram considerados indecentes e imorais pelo governo estadosunidenses. Polyelo Martins e Pedro Lins tem isso nos quadrinhos deles. Eles parecem estar bem putos com o mundo meia-bomba que vivemos. Desenham como se tivessem uma urgência em mostrar como são os quadrinhos que gostam de ler. Um ímpeto em dizer "Façam os quadrinhos perigosos de novo!"